Perguntas Frequentes
Aqui estão reunidas as perguntas mais frequentes realizadas pelos pessoas que nos procuram.
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Transgenitalização Masculino para Feminino
- O Dr. Marcio Littleton realiza quais técnicas de Transgenitalização?
R: O Dr. Marcio Littleton e sua equipe possuem os meios técnicos para a realização das principais técnicas cirúrgicas de transgenitalização.
- Qual é a técnica mais frequentemente utilizada para transgenitalização pelo Dr. Marcio Littleton?
R: Para construir o capuz do clitóris e os pequenos lábios é utilizado parte da pele do pênis, para a construção dos grandes lábios é utilizada parte da bolsa escrotal, a glande é cuidadosamente utilizada para a construção do clitóris com sensibilidade e o enxerto de mucosa extraída do jejuno é utilizado como revestimento do canal vaginal e por ser uma mucosa rósea e naturalmente úmida se asssemelha muito ao canal vaginal de nascença. Desta maneira objetivamos um canal com potencial de elasticidade e profundidade anatomicamente similares ao canal de nascença. A funcionalidade permite acomodar o pênis quando é penetrada e produzir lubrificação natural, pois o muco produzido pelas células caliciformes da mucosa jejunal é um líquido fino e muito parecido com a lubrificação vaginal. Essa técnica é utilizada para a construção de vaginas em mulheres cisgêneras há 40 anos na Europa e consegue fornecer um canal com a mesma funcionalidade das vaginas de nascença. O uso da mucosa na vagina de mulheres transexuais pode ser considerado um avanço em relação ao uso de pele, pois a própria natureza escolheu a mucosa para revestir as vaginas e é uma técnica que serve tanto para mulheres cisgêneras como para mulheres transgêneras.
- Qual é o tempo de internção?
R: As pacientes ficam internadas por 3 dias após a cirurgia e normalmente a alimentação é reiniciada no dia seguinte ao da cirurgia.
- A recuperação é mais demorada do que na técnica da inversão peniana?
R: Se levarmos em consideração que a mucosa cicatriza mais rapidamente que a pele e como exemplos temos os corriqueiros cortes na mucosa da boca e na mucosa da língua, que notoriamente cicatrizam mais rápido do que cortes na pele da mão ou do braço, podemos aferir que a parte de mucosa da transgenitalização se recupera mais rapidamente e a parte de pele se recupera ao mesmo tempo em todas as técnicas, assim o tempo total de recuperação da transgenitalização com mucosa de jejuno pode ser considerado menor se considerarmos as vantagens da velocidade de cicatrização da mucosa em relação à pele.
- Porque não é escolhida a técnica da inversão peniana e bolsa escrotal pelo Dr. Marcio Littleton?
R: As técnicas que utilizam a pele do pênis e da bolsa escrotal para criar o canal vaginal produzem cicatrizes aparentes nas laterais da vulva que impedem o uso de biquínis pequenos e podem gerar constrangimento durante as relações sexuais pois ficam visíveis, principalmente nas vulvas depiladas. Além disso, não permitem a construção de pequenos lábios e nem do capuz clitoriano e estão relacionadas com problemas no canal feito de pele do pênis e da bolsa escrotal, nele podem ocorrer o mal odor devido a descamação natural da pele, menor elasticidade que a mucosa, a presença de pelos, a falta de lubrificação pois a pele não secreta muco, existe também uma maior tendência ao encurtamento no comprimento e no diâmetro, bem com a necessidade de dilatações frequentes.
- Como é definida a profundidade da vagina?
R: Com a técnica que frequentemente utilizamos, não ficamos limitados pela quantidade de pele do pênis ou da bolsa escrotal. Dessa maneira a profundidade da vagina irá desde os grandes lábios até a bolsa que envolve os órgãos intra-abdominais, ou seja, é uma profundidade anatomicamente idêntica a das mulheres que nascem com vagina, pois nelas a profundidade possui essa anatomia. Além disso, como a vagina de mucosa possui elasticidade, ela se acomoda aos diversos tamanhos de pênis quando é penetrada. a diferença seria comparável a uma luva de borracha e uma luva de couro.
- Como é preservada a sensibilidade?
R: A cuidadosa técnica de preservação dos nervos e vasos que se dirigem à glande possibilitam a criação de um clitóris com sensibilidade e capacidade de orgasmos.
- O tamanho do pênis é importante para a transgenitalização com mucosa extraída do jejuno?
R: A cirurgia pode ser realizada em pacientes com qualquer tamanho de pênis, pois a pele do pênis é utilizada para construir os pequenos lábios e não para construir o canal vaginal. Dessa maneira, quanto menor o pênis mais fácil é transformação da pele que o envolve em pequenos lábios.
- A vagina feita com mucosa extraída do jejuno fica "babando" secreção?
R: A vagina é feita apenas com a mucosa retirado do Jejuno e não com o intestino completo como no caso das vaginas feitas de cólon. Logo que a paciente se recupera da cirurgia a quantidade de umidade produzida por essa mucosa é muito semelhante a de uma mulher que nasceu com vagina. Além disso, o líquido produzido pela mucosa é rico em anticorpos do tipo IgA, característico dessa mucosa, que ajudam na proteção da vagina contra infecções e odores desagradáveis.
- A vagina feita com mucosa extraída do Jejuno deixa mau cheiro igual a técnica com o Cólon Sigmóide?
R: Não. A técnica com o Cólon Sigmoide utiliza uma parte completa do intestino grosso que continua conectada internamente com as suas veias, artérias e nervos. Além disso, o intestino grosso é grosseiramente enrugado por dentro e as bactérias anaeróbias e produtoras do odor desagradável podem continuar nessa porção preservada de intestino que serve como vagina. Já na técnica com a mucosa extraída do Jejuno é utilizada apenas a mucosa e não o intestino delgado completo, o Jejuno é um local naturalmente sem bactérias anaeróbias e a vagina criada é praticamente lisa, sem as rugas grosseiras do cólon, onde as bactérias produtoras de odor vivem. Além desses motivos a mucosa vinda do Jejuno produz anticorpos do tipo IgA que ajudam na proteção da vagina. Uma outra comparação interessante é que o Cólon Sigmoide é um local muito comum para câncer, já a mucosa vinda do Jejuno é praticamente livre desse risco.
- A vagina com a mucosa extraída do Jejuno deixa cicatriz abdominal igual a da vagina feita com Cólon Sigmóide?
R: Não. A técnica quando é utilizada para transgenitalização não deixa cicatrizes abdominais. Apenas nas pacientes que possuem problema com a vagina feita de pele peniana e da bolsa escrotal e desejam fazer a reparação do canal com mucosa é necessário a utilização de uma cicatriz igual a de uma cesariana.
- A vagina com a mucosa extraída do Jejuno afeta a função intestinal?
R: Não. O jejuno é a segunda parte do intestino delgado e com o íleo formam um tubo que se estende por 600 à 900 centímetros de comprimento, sendo que a parte do jejuno se estende por 240 à 360 centímetros. O funcionamento do intestino delgado está relacionado à digestão e absorção dos nutrientes. A síndrome do intestino curto ocorre quando existe ressecção extensa do intestino delgado, deixando menos de 200 centímetros. Na cirurgia bariátrica pela técnica Bypass em Y de Roux, a disabsorção de alimentos ocorre porque pelo menos 150 centímetros de intestino delgado são desviados (técnica mista - predominantemente restritiva). Para a vagina com mucosa extraída do Jejuno é desmontada e destubulizada uma porção de 15 centímetros de Jejuno que fornecem aproximadamente 30 centímetros de mucosa que é utilizada na montagem do canal vaginal em molde de comprimento e espessuraindividualizados. Sobram cerca de 575 à 885 centímetros de intestino delgado após a cirurgia. O intestino delgado é mais vascularizado que o intestino grosso e isso tem relação direta com a sua função e contribui para a cicatrização mais eficiente. O câncer de intestino delgado é muito raro. Ao passo que o câncer de pele e de intestino grosso são frequentes.
Na página do Dr. Drauzio Varela diz o seguinte: Câncer nessa região mais fina do intestino é muito raro. Em geral, ao longo de toda a carreira, o médico não vê mais do que meia dúzia de casos. Em compensação, câncer no intestino grosso é muito frequente. http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-intestino/
O funcionamento do intestino grosso está relacionado à absorção de água e eletrólitos, síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais, armazenagem fecal e defecação. Possui aproximadamente 150 centímetros e é composto pelo ceco, cólon e reto. O câncer do intestino grosso é um dos tipos de câncer mais comuns do mundo ocidental. É o quinto tipo mais comum no Brasil e o segundo na região sudeste. Uma ressecção de 15 centímetros seriam 10% do órgão e metade do sigmoide que apresenta 30 centímetros. Além disso é um órgão mais contaminado e com potencial de cicatrização inferior ao intestino delgado e resulta em mais complicações.
- Qual é a necessidade de dilatações da Vagina feita com a mucosa extraída do Jejuno?
R: A necessidade de dilatações é menor do que nas técnicas que utilizam pele do pênis e da bolsa escrotal. Isto se dá porque a pele possui a tendência natural a contrair-se e isso dura por muitos anos. Já a mucosa extraída do Jejuno possui muito pouco dessa tendência.
- Quando é possível iniciar a atividade sexual?
R: O período de recuperação para o início da atividade sexual varia de paciente para paciente. Ter paceiro fixo, boa cicatrização, aprender a relaxar a musculatura ao redor da vagina, respeitar o repouso e não ter problemas de saúde que possam afetar na recuperação ajudam ao início mais cedo da atividade sexual, que podem substituir as dilatações. Nestes casos pode ser possível a liberação a partir de dois meses se forem respeitadas as restrições de posições e intensidade.
- Qual é a idade máxima para a transgenitalização?
R: Não existe idade máxima para a realização deste procedimento. Nossa equipe está preparada para realizar a cirurgia em pessoas c
om idade avançada.
- Pessoas soropositivas podem ser operadas?
R: Sim, nossa equipe está preparada para realizar a cirurgia em pessoas soropositivas.
- Qual é o custo da cirurgia?
R: Os honorários da equipe chefiada pelo Dr. Marcio Littleton, composta por três cirurgiões, um médico anestesista e um instrumentador variam de acordo com cada caso. Eles são passados após consulta médica ou pré-avaliação pelo e-mail.
- Como consigo os laudos para a cirurgia?
R: Qualquer psiquiatra, psicólogo, endocrinologista e assistente social podem emitir os laudos específicos para a cirurgia, sejam eles particulares ou públicos. No link "profissionais" é possível encontrar referências em diversas cidades do Brasil.
- Quanto tempo eu devo permanecer no Rio de Janeiro?
R: Além da internação hospitalar de 3 dias após a cirurgia, as pacientes de fora do Rio de Janeiro devem permanecer na cidade por pelo menos 11 dias para consultas médicas no consultório e acompanhamento da cicatrização. Entretanto o período pós-hospitalar pode ser menor ou maior, dependendo de cada caso.
- Existem pacotes com trasporte e hospedagem?
R: As pacientes são responsáveis pelo transporte aéreo ou terrestre até o Rio de Janeiro. Após a alta hospitalar é possível a hospedagem próximo ao consultório do Dr. Marcio Littleton em hostels, hotéis ou apartamentos por temporada.